quarta-feira, 11 de março de 2009

Poetic Pill

Um dia após ao outro
por Flávio Assis

Não anseio a pluma cálida
Das quartas de cinzas
Do teu carnaval?
Nem a máscara da furria


Não anseio teus olhos
Enleio e desfortúnio
Tudo fita, tudo vaza
Talim à espada fria


Não anseio teus gestos
Hora intrépidos, hora blasé
Tua mão não acena
Mas tudo desatina


Anseio sim!
O visceral da tua liça
O puro espúrio da carne
Lancinando sem garantias


Anseio sim!
Músculos em espasmos
Poésis em tempestade
Quanto ao devir?


Nem o átimo dos teus dias!

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